Campos repletos de lavandas e girassóis, vilarejos que doem de tão fofos, praias mediterrâneas e o melhor vinho rosé do mundo.
Campos repletos de lavandas e girassóis, vilarejos que doem de tão fofos, praias mediterrâneas e o melhor vinho rosé do mundo. Ô, se bastava. Mas a Provence, o pedacinho mais glorioso do sul da França, ainda tem uma veia artística nobilíssima.
No passado, deu abrigo (e asas) a artistas estrangeiros como Picasso, Van Gogh e muitos outros, que viveram lado a lado com pratas da casa, a exemplo de Paul Cézanne. No presente, segue inspirando e fazendo suspirar até mesmo quem não curte o ar solene de um museu.
A incrível aranha da artista francesa Louise Bourgeois "nadando" no espelho dágua (Château La Coste/Reprodução)
O “Modelo Matemático” de Hiroshi Sugimoto diante do pavilhão projetado por Tadao Ando (Château La Coste/Reprodução)
O INHOTIM DA PROVENCE
O programa cultural mais bacana da Provence atualmente é o Château La Coste, um museu a céu aberto de arte e arquitetura localizado 15 quilômetros ao norte de Aix-en-Provence (atenção: não confundir com a cidadezinha de Lacoste, no Luberon!).
Mas não é para dar só uma passadinha. Reserve o dia, ou pelo menos uma looonga tarde. Isso porque, em uma propriedade de 200 hectares repleta de vinhedos (do investidor e hoteleiro irlandês Paddy McKillen), há restaurantes, hotel de luxo, um centro de arte e diversos pavilhões projetados pela tropa de elite da arquitetura mundial (cada um com um prêmio Pritzker para chamar de seu).
Móbile de Alexander Calder e, ao fundo, o Centro de Arte erguido por Tadao Ando (Château La Coste/Reprodução)
O Pavilhão da Música, projetado por Frank O. Gehry, em meio aos vinhedos (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
O mais essencial do Château La Coste é a visita de arte e arquitetura (€ 15). Na entrada, você receberá um mapinha e algumas explicações. Depois, é só correr para o abraço.
Ao longo de um trajeto de 3km em meio a bosques e vinhedos, há mais de 20 pavilhões, esculturas e instalações de grandes nomes da arquitetura e da arte contemporânea.
Vá sem pressa, sem neura de seguir o mapa o tempo todo e, acima de tudo, com um calçado confortável para caminhar por trilhas de terra batida e pedrinhas. Apesar do pedigree do lugar, a atmosfera é informal e despretensiosa (não precisa se emperequetar).
Cores que se movem na obra do artista britânico Liam Gillick (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
No fim da passarela, o barril misterioso da britânica Tracey Emin (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
PRITZKER PARA DAR E VENDER
O grande protagonista entre os arquitetos é o japonês Tadao Ando, que assina três edifícios e uma obra (um origami em grande escala). O mais grandioso é o centro de arte, que engloba uma belíssima loja/centro de informações, uma biblioteca e um restaurante, servindo de ponto de partida da visita.
Disposto como um V e composto de formas geométricas varadas de muita luz natural, o prédio é cercado por um espelho d’água pontilhado de obras de arte – entre ela uma aranha retorcida assinada pela célebre artista francesa Louise Bourgeois (1911-2010) e o espetacular Modelo Matemático do japonês Hiroshi Sugimoto.
Disposto como um V e composto de formas geométricas varadas de muita luz natural, o prédio é cercado por um espelho d’água pontilhado de obras de arte – entre ela uma aranha retorcida assinada pela célebre artista francesa Louise Bourgeois (1911-2010) e o espetacular Modelo Matemático do japonês Hiroshi Sugimoto.
As raposas metálicas de Michael Stipe (sim, o vocalista do R.E.M.) (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
A paisagem do Château La Coste, que já bastaria (Adriana Setti)
Ao francês Jean Nouvel coube a estrutura metálica tubular que abriga a vinícola em si. O arsenal arquitetônico ainda tem um pavilhão para apresentações musicais que saiu das pranchetas amalucadas do canadense Frank O. Gehry (o mesmo do museu Guggenheim de Bilbao) e – golpe de misericórdia – uma novíssima sala de exposição concebida pelo italiano Renzo Piano.
Um dos meus favoritos: o edifício que envolve uma antiga capela, projetado por Tadao Ando (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
A insustentável leveza de Psicopompos, obra do brasileiro Tunga (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Entre as obras de arte pulverizadas pelo terreno há trabalhos de gente grande como Paul Matisse (neto do mestre Henry Matisse), cujo sino de meditação soa por dez minutos com apenas uma badalada.
Outro destaque é o brasileiro Tunga, com seu conjunto de esculturas Psicopompos, uma combinação doida de materiais inusitados como concreto, cristais, imãs, entre outros.
Você também vai ficar intrigado com o conteúdo do barril misterioso (sem spoiler!) que compõe a obra da britânica Tracey Emin.
Outra parte da obra de Tunga no Château La Coste (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
O coloridíssimo restaurante de Francis Mallmann (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
O LADO MAIS HEDONISTA
Sem pressa, o passeio de arte e arquitetura pode ser feito em umas duas horas. E depois de ver tantos vinhedos de pano de fundo, bora beber!
Instalada em dois tubos metálicos projetados pelo arquiteto Jean Nouvel, a vinícola pode ser visitada. O passeio custa €12 (vale a pena comprar a entrada combinada de artes e vinho por €20) e dura 1h30 com direito a degustação, ideal para abrir o apetite.
La Terrasse: sonho de uma tarde de verão (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
A estrela gastronômica da casa é o restaurante do chef argentino Francis Mallmann, o mago das brasas. O preço é justo para o entorno e o peso do nome: €42 pelo que pode ser o melhor entrecôte da sua vida, por exemplo.
Para uma comidinha mais frugal, é possível optar pelo restaurante Tadao Ando (que serve sopas, saladas, risoto e alguns grelhados) ou pelo irresistível La Terrace (minha pedida).
Em mesas sombreadas em meio ao jardim, são servidas saladas, porções de frios e queijos e quiches – na companhia de um rosé da casa, s’il vous plaît. Nada melhor para um dia de verão. Das 19h às 21h, ainda rola uma musiquinha ao vivo no lugar. Como ir embora?
Por Adriana Setti
Saladinha de funcho com romã e pinholes do La Terrasse (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br / Becker Thymonthy
DA JANELA DO TREM VOCÊ CONHECE O MUNDO
OS SONHOS QUE SONHEI
VAMPIRO INVISÍVEL
Estava indo pelo passeio da rua para chegar ao prédio onde moro. Quando passei em frente ao bar do Anésio vi que tudo estava ao contrário, como se estive dentro de um espelho. Continuei andando e vi que no bar do Anésio não tinha luz. Então imaginei que no prédio onde moro, também não teria, já que sou vizinho do Anésio. Mas, chegando na entrada do prédio, vi que tinha uma luz acesa. Abri o portão da frente e entrei.
Havia algumas pessoas ali. Quando cheguei nas escadas para subir até meu AP, elas estavam era descendo. Então percebi que tinha entrado no prédio vizinho ao que eu moro. Nisto percebi que podia passar para meu prédio, sem sair dali, porque isto já tinha acontecido comigo, e eu tinha passado para meu prédio, por uma passagem que tinha ali. Fiquei procurando por esta passagem, até que a vi. Mas ela estava diferente e não caberia eu ali. Então fui até a portaria deste prédio, porque dali eu conseguiria passar para o prédio onde moro.
Havia algumas pessoas numa fila, então decidir sair deste prédio e voltar para o meu. Ao sair, já me vi em cima do portão de entrada da casa da dona Judith. Havia algumas pessoas no corredor que vai do portão até a área que tem no fundo. Parecia que estava havendo uma festa. Então comecei a gritar, como se alguma coisa estivesse me seguindo. Dei um pulo e fui por cima das pessoas, dando pulo bem alto, até a área que tem lá no fundo. Eu sentia que havia um vampiro me seguindo.
Lá no fundo, voltei pelo mesmo corredor, dando gritos, até chegar de volta e sentar em cima do muro do portão. Nisto fiz que pegasse alguém que estivesse me atacando, embora eu não visse nada, e o atirei no chão, do lado de dentro da casa da dona Judith. Nisto, embora não caísse nada no chão, foi como se estivesse caído, pois começou a escorrer um sangue, do nada.
Então dando gritos, sai pulando dali, em disparada e fui embora.
Então dando gritos, sai pulando dali, em disparada e fui embora.
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