OLHANDO DA JANELA DO TREM: MINHA VIAGEM À PALIKIR / MICRONÉSIA

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MINHA VIAGEM À PALIKIR / MICRONÉSIA




Durante o jantar fui pedido em casamento pela Garçonete, e fiquei sem saber o que responder (Por Thymonthy Becker)



Viajamos para os Estados Federados da Micronésia, um país com pouco mais de 100 mil habitantes dividido em quatro estados onde cada estado fala-se uma língua diferente. A capital "Palikir" eh o centro econômico e político do país, que tem muitas atrações turísticas para seus visitantes. O verde predomina na Micronésia com paisagens naturais intactas e um equilíbrio ecológico surpreendente, o mar eh bem propício para os que gostam de surf, e segundo ficamos sabendo eh o melhor lugar do mundo para esta prática de esporte.



Mas também tem praias de areia branca e fininha, além de trilhas, escaladas em vulcões inativos, mergulho em alto mar, museu a céu aberto, gastronomia diferenciada e cultura de um povo milenar são uns dos atrativos para amantes de turismo e de culturas milenares. Em Palikir, outro atrativo são as construções, geralmente pequenos edifícios muito próximos que dão um ar de lugarejo saxônico ao lugar. Muito show de bola.

Nosso objetivo era aproveitar o máximo deste pequeno paraíso na Oceania. Assim, conhecemos a capital Palikir que tem aproximadamente 5 mil habitantes, fizemos trilhas e até escalamos um vulcão adormecido. Compramos artesanato nos quatro estados, pois visitamos todos eles. Ficamos observando surfista dando um show nas ondas tubulares. Conhecemos a história e cultura deste povo singular, que fala uma língua diferente em cada um dos quatro estados .



Subimos em um maciço rochoso que na verdade eh um vulcão extinto. De lá podemos ver praticamente toda a ilha. Super show de bola esta vista.
Quando você for a Micronésia, não deixe de subir este maciço porque eh bonita demais a vista de lá. Dali tem-se a impressão de que você está pedido em uma ilha no meio do oceano, muito legal mesmo. Também visitamos a ruínas da cidade real.


Estas ruínas devem tem mais de mil anos e até receberam o apelido de "A Veneza do pacífico".  Aproveitamos muito nossa passagem pelos estados federados da Micronésia, e não podia ser diferente, pois a vontade era de ficar muito mais tempo que havíamos previsto. Ali realmente eh um lugar bonito por natureza.    

Conhecer países da Oceania tem sido muito gratificante, tanto do ponto de vista de um turista ocidental como de um apaixonado por culturas antigas. isto sem falar dos momentos divertidos, de micos inexplicáveis, da interação com pessoas tão diferentes culturalmente, mas cheia de sonhos como qualquer um de nós.

Eu procurava conversar sempre com as pessoas com as quais nos interagíamos. Os atendentes dos hotéis, das pousadas, dos restaurantes, das lojas de artesanatos, das lanchonetes, nossos (pacientes) instrutores de mergulho, de Golf e muitos mais. Só assim podemos levar na bagagem um pouco da cultura destes povos. E isso não tem preço mesmo. Eh mais que super show de bola.


Em uma das noites em que ficamos na capital Palikir, na verdade a última daquela viagem, fomos jantar em um restaurante sugerido pelo hotel onde ficamos hospedados. Achei interessante eles indicarem este restaurante pois quando chegamos tinha nos indicado outro. O restaurante era bem arejado, com uma decoração bonita e estava relativamente cheio. Quem nos atendeu foi uma Garçonete muito atenciosa tanto quanto sorridente.

Fizemos nosso pedido escolhendo pelo cardápio, mas por já ter estado em outros países da região, já sabíamos praticamente o que queríamos. Não demorou muito para nos servirem, mas quem serve as mesas são os garçons. As garçonetes só fazem o primeiro contato com  os clientes. Enquanto a gente jantava, o garçom veio e deixou um bilhete para mim, escrito em um pedaço de papel. Deixou o bilhete e saiu.


Meus amigos já ficaram me zoando antes mesmo que eu lesse o bilhete. Abri o papel que estava dobrado e o teor dizia (que a pessoa que escreveu) havia ficado interessada por mim, tinha gostado da maneira do meu sorriso e via que podíamos nos casar. Bem, eu entendi assim o bilhete.

Meus amigos leram o bilhete e começaram a dizer que eu teria que casar com a moça, que eu ainda nem sabia quem era, de qualquer jeito. Confesso que fiquei meio assustado. Como assim, casar e pronto? Fiquei me perguntando. Tem que gostar da pessoa, fiquei falando já temendo que fosse obrigado a fazer isso. A partir dai já ficava meio que sem graça quando o garçom saia para atender outras mesas. Comentei com meus amigos que só poderia ser a Garçonete que nos atendeu quando chegamos.


Claro que ela era muito bonita, sorria lindamente, mas dai casar de um instante para o outro era totalmente fora das minhas pretensões. Assim, acreditando que seria a garçonete, já a olhava para ver se ela estaria olhando pra mim, mas ela parecia totalmente indiferente com a minha presença. Pedi aos meus amigos para acabarmos logo e irmos embora. Eles riram e diziam que não, que eu tinha que resolver aquela situação primeiro.

Meus amigos insistia que eu deveria resolver aquilo antes que ficasse mais sério e acabaram me convencendo a falar com a garçonete. Então, mesmo sem saber o que dizer, fui falar com a garçonete sobre o bilhete e, tentar convencê-la de que não podia me casar assim, de repente. A garçonete estava próxima ao balcão que ficava próximo a porta de entrada, onde recebia os clientes que chegavam.


Havia vários clientes sentados em mesas próximas a ela e nossa mesa ficava um pouco distante dali. Ao chegar próximo a garçonete que sorriu pra mim e eu sorri de volta, meio que gaguejando disse que ela era muito linda, parecia ser uma pessoa muito bacana, gostava do sorriso dela. Quando ia dizer que não podia me casar, ela me interrompeu e disse: __Olha moço, eu sou casada. Confesso que fiquei sem chão, totalmente sem graça e quando olhei para as mesas próximas, todos riam do meu vexame, meus amigos já estavam dando gargalhadas da situação.


Então, pedi desculpas a garçonete, disse que meus amigos tinha feito uma brincadeira comigo me fazendo acreditar que ela estaria interessada em casar comigo e que eu era meio bobo mesmo, por isso pedi várias vezes desculpas. Ela começou a rir da situação e acabou confessando que já tinha combinado tudo com meus amigos. Que não era casada, que só aceitou participar porque meus amigos disseram que eu não ficaria com raiva.

Fui saindo dali e disse para à garçonete que ela tinha ficado me devendo uma e que eu voltaria ali um dia, numa próxima viagem, (visto que a gente ia embora no outro dia cedo), para ela me compensar o mico que me fez pagar, com um encontro. Ela sorriu e disse que ficaria aguardando. Voltei para nossa mesa e disse para meus amigos que ia ter volta. Eles rindo disseram que o máximo que eu conseguiria fazer com eles seria jogar água neles enquanto dormiam.


Ficaram rindo e disseram que depois iam me mostrar a filmagem que fizeram e a cara que fiz quando ela disse que era casada. Disseram que aquele vídeo ia ficar na história. Eu queria que eles apagassem o vídeo, mas eles disseram que as expressões faciais que fiz são impagáveis e que o vídeo seria uma relíquia. Depois que voltamos para o hotel, meu amigo que fez a filmagem com o celular, mandou o vídeo para minha rede social. Assisti o vídeo e confesso que realmente estava totalmente perdido ante a garçonete.


No final ficamos só rindo mesmo. Foi muito legal o acontecido, uma lembrança pra ficar para sempre. Muito show de bola tudo isso.
No outro dia, adeus Palikiro, até um dia qualquer. Não tem como esquecer esse paraíso.


Valeu gente. Até a próxima








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