Em mais de vinte séculos de história, celtas, romanos, godos, árabes e tantos outros povos legaram profundas marcas na cultura e gastronomia
Um país em movimento. Em mais de vinte séculos de história, celtas, romanos, godos, árabes e tantos outros povos legaram profundas marcas na cultura, gastronomia e psique dos ibéricos. Se por um lado a imagem estereotipada de toureiros e dançarinas de flamenco sobrevive e encanta na Andaluzia, a Espanha de hoje mira o futuro com um profundo respeito pelas tradições regionais.
Isso é particularmente verdade na Catalunha e sua pujante capital, Barcelona, sempre na vanguarda das artes, design, moda e com maravilhosos chefs estrelados. Já no orgulhoso País Basco, depare-se com as formas impressionantes do museu Guggenheim logo após fugir dos touros da festa de San Fermines.
Isso é particularmente verdade na Catalunha e sua pujante capital, Barcelona, sempre na vanguarda das artes, design, moda e com maravilhosos chefs estrelados. Já no orgulhoso País Basco, depare-se com as formas impressionantes do museu Guggenheim logo após fugir dos touros da festa de San Fermines.
Ponte romana sobre o rio Guadalquivir e, à esquerda, a Grande Mesquita de Córdoba (Thinkstock)
Construída entre 1761 e 1881, La Real Maestranza de Caballería, em Sevilha, é a segunda mais antiga arena de touros da Espanha (Divulgação)
Gaudí dedicou 40 anos de sua vida ao seu maior desafio: a construção da Basílica da Sagrada Família. Sem concluir o projeto, o arquiteto foi enterrado na cripta da construção (Thinkstock)
Na Galícia, onde o sonoro galego nos soa familiar, encontre seu eu nos caminhos de Santiago de Compostela, enquanto em Castela e La Mancha enfrente seus gigantes na terra de Dom Quixote e conheça as belezas de Toledo. Você sentirá a herança moura presente por todos os cantos, mas não de forma tão incisiva como em monumentais testemunhos como a fortaleza de Alhambra,em Granada, a mesquita de Córdoba e a Giralda, em Sevilha. Para badalar, Ibiza é imbatível, ao passo que Valência recebe o visitante com uma espetacular paella.
Por fim, em Madri, descubra a Espanha dos monarcas Habsburgos e Bourbons e os melhores museus do país, casa das obras-primas de Velásquez, Goya e Picasso.
Por fim, em Madri, descubra a Espanha dos monarcas Habsburgos e Bourbons e os melhores museus do país, casa das obras-primas de Velásquez, Goya e Picasso.
E, é sempre bom lembrar, talvez o melhor de toda essa aventura seja, entre museus e castelos, palácios e catedrais, saborear uma tapa com o melhor presunto serrano. Com um bom vinho. E bem acompanhado!
Entre 6 e 14 de Julho acontece a festa de Los Sanfermines em que touros são soltos nas ruas de Pamplona e correm atrás de homens com lenços vermelhos (Divulgação)
A Catedral de Santiago de Compostela foi construída no século 12 sob as ordens de Afonso II ao saber que os restos mortais supostamente do Apóstolo Tiago estariam enterrados na cidade (Thinkstock)
S ob as arcadas da Plaza Mayor de Madri, do século 17, espalham-se mesinhas de diversos bares e cafés (Cristina Candel)
SUGESTÃO DE ROTEIRO NA ESPANHA
Para conhecer o básico da Espanha são necessários ao menos 10 dias entre Barcelona, Madri e Sevilha. Quatro noites nas duas primeiras e mais duas na terceira, com passagens rápidas por Granada e Toledo, lhe darão um bom panorama de museus, castelos, gastronomia e as culturas de Catalunha, Castela e Andaluzia.
Com alguns dias a mais, pode-se combinar este roteiro com uma passagem por Lisboa, em Portugal, e montar um tour ibérico de duas semanas.
Com alguns dias a mais, pode-se combinar este roteiro com uma passagem por Lisboa, em Portugal, e montar um tour ibérico de duas semanas.
Construído no século 12, o Alcázar de Segóvia serviu de inspiração para Walt Disney desenhar o castelo da Bela Adormecida (Thinkstock)
Com azulejos policromáticos e ferros retorcidos, a Casa Batlló é considerada por muitos a obra-prima de Gaudí (Thinkstock)
A Catedral de Toledo, do século 13, abriga obras de artistas consagrados, como Velázquez, Goya, Caravaggio e El Greco (Thinkstock)
Se ficar três dias a mais em Madri, vale a pena embarcar em excursões para Ávila, Salamanca, Segóvia e o Escorial. Uma viagem bacana rumo ao norte, passando pelo País Basco, Picos de Europa, Navarra e Burgos exige pelo menos uma semana adicional, mesmo tempo exigido em uma esticada mais profunda pelo sul do país, explorando as raízes árabes da Ibéria e vinhedos em Jerez de la Frontera, Córdoba e Ronda.
Paella, prato típico da Espanha (iStockphoto)A Casa Milá, obra de Antoni Gaudí, é outra construção de Barcelona marcante por suas formas (Thinkstock)
O aqueduto romano do século 1 foi utilizado pelos habitantes de Segóvia até o século 19 (Divulgação)
Valência pode ser conhecida em dois dias, enquanto que a Galícia exige pelo menos quatro. Já as Baleares são um capítulo a parte, já que a maioria das pessoas que toma o rumo de Ibiza ou Palma já pretendem passar seu tempo por lá entre baladas e muito sol.
A maioria dos pacotes com estes destinos são de cinco a sete noites.
A maioria dos pacotes com estes destinos são de cinco a sete noites.
Há séculos peregrinos enfrentam uma longa caminhada para ver e contemplar o local onde estaria enterrado o corpo do Apóstolo Tiago, em Santiago de Compostela (Turespanha)
Maiorca é uma alternativa mais leve à batida pesada dos clubes de Ibiza (Hemera)
Fundada no século 13, a Universidade de Salamanca é uma das mais importantes da Espanha (Hemera)
COMO CHEGAR NA ESPANHA
Aéreo – Voos diretos para a Espanha saem de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Recife, operados pela Iberia (11/3218-7130, www.iberia.com/br) e pelaTAM (4002-5700 e 0800-570-5700, www.tam.com.br). O principal aeroporto da Espanha é o de Madri – Aeroporto Internacional de Barajas (www.madridmad.com), a 12 quilômetros do Centro da capital.
Outros aeroportos espanhóis importantes, inclusive servidos por companhias low cost como EasyJet e Ryanair, são os de Sevilha, Málaga, Barcelona, Valência e os das ilhas Canárias, como Tenerife e Lanzarote.
O impressionante aquário L’Oceanogràfic, na Cidade das Artes e das Ciências de Valência, é um dos maiores da Europa (Turespanha)
Em seus 1200 anos de história a Grande Mesquita de Córdoba resume o poderio cultural, político e religioso do Islã na península Ibérica (Divulgação)
O Alhambra, um complexo de fortalezas, palácios e jardins emoldurados por belas muralhas avermelhadas, foi o centro do poder muçulmano durante séculos (Hemera)
Terrestre – Uma das formas mais divertidas de chegar à Espanha é por via terrestre. Apesar das de fazer fronteira terrestre com apenas três países (Andorra, França e Portugal), há muitos ônibus e trens que servem o país. O serviço ferroviário entre Lisboa e Madri leva 9h30 e custa a partir de 80 euros. Entre Barcelona e Toulouse são 5h30 e a passagem sai por 100 euros.
Alugar um carro e circular pela Península Ibérica ou cruzar os Pirineus também é uma ótima experiência. Lembre-se que há vários pontos comuns entre a Espanha e seus vizinhos, como a cultura galega, a Estremadura e o País Basco, que se estende também pela França.
A enorme Catedral Gótica, na capital de Maiorca, Palma, foi reformada por Gaudí (iStockphoto)
A Fonte Mágica, em frente ao Palácio de Montjuïc, proporciona um espetáculo de luzes e sons para os turistas que visitam o local à noite (Thinkstock)
A visita ao Estádio Santiago Bernabéu, do Real Madri, inclui vestiários, sala de imprensa, arquibancadas, salas de convidados e bancos de reservas (iStockphoto)
Marítimo – A Espanha é servida por ferry-boats que saem da Inglaterra, França e Marrocos. No norte, os portos mais utilizados são os de Santander e Bilbao, operados por companhias como a Britanny Ferries. No norte da África os principais terminais são os de Ceuta e Melilla (enclaves espanhóis) e Tangier, de onde partem barcos até Algeciras, Tarifa, Málaga e Almeria.
A influência que os árabes exerceram sobre Granada pode ser sentida nas ruas da cidade até hoje, principalmente em sua lojas enfeitadas com narguilês, tapetes, lenços e bules de chá
Uma caminhada pelas ramblas, famoso calçadão de Barcelona, é um dos passeios imperdíveis da cidade (Barcelona Tourisme)
Casal dança Flamenco no bairro de Sacromonte, em Granada (Carlos Goldgrub)
COMO CIRCULAR PELA ESPANHA
Viajar de trem pelo país é uma boa alternativa, já que a Espanha tem em torno de 15 mil quilômetros de ferrovias. A companhia Renfe (www.renfe.es) serve com rapidez e pontualidade boa parte do país, inclusive os principais destinos turísticos. Ônibus também são boas alternativas, um pouco mais baratas que os trens, mas com jornadas mais demoradas. São diversas companhias operando linhas que tanto servem grandes centros como lugarejos mais distantes.
Quem preferir viajar de carro vai trafegar sem dificuldade por autopistas de primeira linha.
Para ganhar tempo, o avião é ótima alternativa. Companhias como Iberia, Vueling (www.vueling.com), Ryanair (www.ryanair.com) e Europa (www.air-europa.com) possuem voos domésticos e internacionais, com várias promoções.
Sevilha fica colorida e lotada de barraquinhas com comidas típica na Feira de Abril. À noite, há apresentações de dança flamenca (Divulgação)
Os jardins e pavilhões do Parc Güell, obra de Gaudí, tornaram-se uma ampla área de lazer para a cidade (iStockphoto)
Estacionamento de bicicletas, na Praça da Catalunha, em Barcelona (Marco Antonio Pomarico)
ONDE COMER NA ESPANHA
A gastronomia espanhola é uma das melhores da Europa, para não falar do mundo. Os restaurantes da Espanha podem não ter os serviços mais atenciosos, mas a comida saborosa e farta compensa. Os dois símbolos da cozinha local que extrapolaram fronteiras são a paella e as tapas, mas cada uma possui dezenas de variantes. Em comum às paellas estão o arroz e a panela, mas os ingredientes que a enriquecem são múltiplos.
Carne de coelho, frango, mariscos, camarões, caracóis, pimentões, mexilhões e azeitonas são algumas das opções, ora aromatizadas com açafrão, ora tingidas com tinta de sépia. Já as tapas, muito mais que um prato, são um conceito. Em sua origem, eram apenas um petisco servido sobre tacinhas de vinho xerez. Com o tempo tornaram-se tão complexas e assumiram uma identidade tão própria que possui infinitas receitas, de omeletinhos a pãezinhos cobertos com aliche a sanduichinhos de presunto cru a fritadas de lula. Um assombro.
Carne de coelho, frango, mariscos, camarões, caracóis, pimentões, mexilhões e azeitonas são algumas das opções, ora aromatizadas com açafrão, ora tingidas com tinta de sépia. Já as tapas, muito mais que um prato, são um conceito. Em sua origem, eram apenas um petisco servido sobre tacinhas de vinho xerez. Com o tempo tornaram-se tão complexas e assumiram uma identidade tão própria que possui infinitas receitas, de omeletinhos a pãezinhos cobertos com aliche a sanduichinhos de presunto cru a fritadas de lula. Um assombro.
A 45 quilômetros de Madri, o El Escorial, construído no século 16, é um grande complexo que inclui palácio, mosteiro, museu e biblioteca (Divulgação)
A Grande Mesquita de Córdoba é produto do califado que dominou o sul da Espanha entre 756 e 912. O amplo salão de orações, reformado pelo califa al-Hakan II, passou a contar com uma elegante solução de colunas intermináveis, encimadas por duas séries de arcos, oferecendo um sensação de movimento acentuado pelo jogo de luz e sombras (Thinkstock)Alhambra, Granda, Espanha Maior joia da arquitetura islâmica na Espanha, o Alhambra foi construído com elementos simples e banais, mas com extremo apuro artístico. O elemento água é onipresente em boa parte de seus espaços, como aqui, no Patio de los Arrayanes (Thinkstock)
Na hora de beber, não deixe de curtir os bons vinhos da terra, como os La Rioja, Ribera del Duero e os fortificados xerez. Não tão conhecidos como os franceses e italianos, são ótimos, com grande personalidade e muitos rótulos têm excelente relação custo-benefício.
MihrabUm dos elementos básicos da arquitetura das mesquitas é o mihrab, o nicho que indica a direção de Meca. Ricamente ornamentado e presentes em diferentes formatos, estes se encontram inseridos nas paredes qibla, para onde todos os fiéis se voltam durante as orações. Este mihrab encontra-se na Grande Mesquita de Córdoba, na Espanha (Thinkstock)
A multicolorida cobertura de vidro da sala de concertos do Palau de la Musica Catalana permite o uso de luz natural durante o dia. Crédito: Carlos Lorenzo/CC (Carlos Lorenzo/CC)
Quando for escolher um lugar onde comer na Espanha, a pedida é ver que tasca, restaurante ou bar está mais cheio. Casas muito simples e de decoração despojada possuem receitas divinas e ótimos preços. Cidras, cervejas ou vinhos são o acompanhamentos mais correntes, lubrificando as conversas das diversas e barulhentas mesas que se servem de do presunto jamón serrano.
Fonte das Cibeles, no Centro de Madri (Thinkstock)
Mesquita de Córdoba (lucaVolpi/Flickr/Creative-Commons)
ONDE FICAR NA ESPANHA
Achar um bom hotel na Espanha não é grande problema. Os hotéis de design são a bola da vez (principalmente os de baixo custo, uma tendência cada vez mais forte), mas também é enorme a variedade de hotéis instalados em edifícios históricos conhecidos como Paradores de Turismo (www.parador.es), além de resorts, hotéis de grandes redes (como NH, Meliá, Accor e Tryp) e pensões familiares.
Dom Quixote – Espanha; regiões La Mancha, de Aragão e de CatalunhaPoucos são os que leram o livro inteiro, mas todo mundo conhece o básico da história de Dom Quixote de la Mancha, um clássico escrito por Miguel de Cervantes. Enquanto o protagonista perde o juízo lendo romances de cavalaria e decide fazer andanças com Sancho Pança, o leitor acompanha várias aventuras entre as terras espanholas de La Mancha, Aragão e Catalunha.Não há admirador da história que não queira visitar a região – e vale a pena!
Em Castela La Mancha, terra natal do personagem, começa uma rota chamada Rota Do Quixote, que atravessa os mesmos cenários do texto. São 144 municípios que totalizam 2.500km a pé, de bicicleta ou a cavalo. Mas é preciso ter coragem: passando pelo Campo de Criptana (foto), na Ciudad Real, encontram-se alguns gigantes violentos com braços enormes. Ou seriam apenas moinhos de vento? (Thinkstock)
Em Castela La Mancha, terra natal do personagem, começa uma rota chamada Rota Do Quixote, que atravessa os mesmos cenários do texto. São 144 municípios que totalizam 2.500km a pé, de bicicleta ou a cavalo. Mas é preciso ter coragem: passando pelo Campo de Criptana (foto), na Ciudad Real, encontram-se alguns gigantes violentos com braços enormes. Ou seriam apenas moinhos de vento? (Thinkstock)
GuggenheimOnde: Bilbao, País Basco, EspanhaPor que ir? Talvez haja algo de errado quando a parte exterior de um museu chama mais atenção do que o que há dentro dele. No caso do Guggenheim de Bilbao, ninguém reclama disso. Quando você se fartar de tirar fotos das complexas estruturas de Frank Gehry, talvez arranje tempo para conhecer o bem azeitado acervo que conta com obras dos badalados Richard Serra, Willem de Kooning e Mark Rothko.Destaques: The Matter of Time, de Serra, e o próprio edifício com placas de titânio (Iker Merodio CC)
A hospedagem costuma ser mais cara em Madri, Barcelona, San Sebastián e nas Ilhas Baleares. Ainda assim, há muitas alternativas e promoções frequentes, principalmente desde que a crise econômica bateu com força na Espanha. Os hostales são as alternativas mais baratas. Neles, além dos quartos coletivos para os mais aventureiros, há cada vez mais opções de privacidade, conforto e banheiro no quarto. Em geral, é possível encontrar acomodação confortável para duas pessoas a partir de 60 a 80 euros.
La Pedrera ou Casa Milà, em Barcelona, Espanha (Turespanha, Divulgação)
Arena de touros de Las Ventas, Madri (Thinkstock)
Outra boa pedida é alugar um apartamento por temporada. Várias empresas oferecem esse tipo de serviço pela internet, como a Aspasios (www.aspasios.com); Apartime (www.apartime.com); Barcelona for Rent (www.barcelonaforrent.com); Casas Madrid (www.casasmadrid.com) e Inside BCN (www.inside-bcn.com).
M useu do PradoOnde: Madri, EspanhaPor que ir? Entre os séculos 15 e 17 o poderio naval da Espanha lhe garantiu acesso a riquezas infinitas do Novo Mundo, produzindo um legado artístico de valor igualmente sem paralelo. Diego Velásquez é o expoente máximo dessa vertente, mas também vem acompanhado de outros mestres ibéricos, de outros períodos, como Goya e El Greco.Destaque: As Meninas, de Diego VelasquezMais: Museu do Prado (viajeaqui) (Divulgação)
Tapas e rações de frutos do mar (como o polvo da foto) são uma forma saudável de matar a forme nas ruas de Barcelona. Crédito: Jun Seita/CC (Jun Seita/CC)
ESPANHACapital: Madri
População: 46.455.000 hab
Fuso horário: 4h (horário de Brasília)
Código de área: 34
Localização: Europa
INFORMAÇÕES AO VIAJANTE
Línguas: Espanhol,catalão,valenciano,galego,basco e aragonês
Moeda: Euro
Como ligar para o Brasil: 900-99-00-55
Visto: Não é necessário.
Embaixada oficial no Brasil:
SES, Qd. 811, lote 44, Brasilia (DF)
+61 3701-1600; 3701-1626
ESTA EH A BANDEIRA DA ESPANHA
ESTE EH O BRASÃO DA ESPANHA
VALEU PELA VISITA - SEMPRE VOLTE
Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br / Thymonthy Becker /
Sensacional post .
ResponderExcluirFotografias /foods /artigo
Valeu Menina. Abração
Excluir