OLHANDO DA JANELA DO TREM: PATAGÔNIA / ARGENTINA E CHILE

Translate

Pesquise o que procura aqui

sexta-feira, janeiro 03, 2020

PATAGÔNIA / ARGENTINA E CHILE




A região deslumbra por seus cenários ora inóspitos, ora arrebatadores. Os Andes, gigantes nevados que fazem a alegria de montanhistas
Bem próxima do Brasil, a Patagônia é uma espécie de meca dos esportes de aventura. E, de quebra, é um dos lugares mais belos do mundo. 
Localizada majoritariamente na Argentina, mas também com uma pequena extensão além da fronteira com o Chile, a região deslumbra por seus cenários ora inóspitos, ora arrebatadores.



De um lado, os Andes, gigantes nevados de granito que fazem a alegria de montanhistas, esquiadores ou daqueles que simplesmente amam uma paisagem de cartão-postal. Do outro, a leste, o Oceano Atlântico, gelado por conta das correntes antárticas, mas rico em espécies marinhas, como pinguins, focas, baleias e orcas. 
As ovelhas observam quem observa as Torres del Paine se elevando no meio do nada: um sonho de aventura
Durante um cruzeiro pela Patagônia é possível fotografar elefantes-marinhos bem de perto Baía de Ainsworth
De cara, o primeiro aviso: é impossível conhecer a Patagônia em apenas uma viagem. Seria como explorar toda a Amazônia em apenas duas semanas. Planeje então recortes de trajetos. 
Para a maioria dos brasileiros seu batismo patagônico é na estância de Bariloche, na província argentina de Rio Negro. Deslumbrante no verão, quando é possível praticar canoagem e windsurf nas águas do lago Nahuel Huapi, chama mesmo a atenção durante a temporada de esqui, de junho a setembro.

De quebra, é uma das pontas das belíssima travessia do lagos andinos, que vai até Puerto Montt, no Chile. Não muito longe dali estão San Martin de Los Andes, uma estância charmosa, e Junín de los Andes. O barato por aqui é montar a cavalo, pratica a pesca com fly ou divertir-se em longas caminhadas em trilhas montanhosas. Na região também fica o Parque Nacional Lanín, mais rústico e menos estruturado que o Nahuel Huapi, mas repleto de belas florestas de araucania, vulcões nevados e lagos cristalinos, como o Huechulafquen.
Golfinhos podem ser avistados em um passeio de bote, uma das atividades que você pode fazer em um cruzeiro pela Patagônia
A piscina aquecida do Tierra Patagônia
O segundo destino recomendado é El Calafate, onde se encontra o magnífico glaciar Perito Moreno, uma das vistas mais belas da América do Sul e patrimônio da biosfera. Próximo dali, para estadias prolongadas, estão El Chaltén (terra dos picos Fitzroy e Cerro Torre) e outra maravilha da natureza, as famosas Torres del Paine, no lado chileno da fronteira.



Um roteiro para estes três destinos deve ter, no mínimo, um semana e inclui alguns dos mais encantadores trekkings do mundo, com níveis que variam do leve (tomando apenas um par de horas) ou extenuantes, como os clássicos "O" e "W". 
A mítica Ruta 40 atravessa a Argentina de norte a sul
Geleira Perito Moreno, em Calafate, Patagônia
O terceiro conjunto de atrações da região são cidades litorâneas e seus parque marítimos. Viedma, Trelew, Comodoro Rivadavia e Río Gallegos são a ponta de lança para observar baleias-francas, leões-marinhos, pinguins de magalhães e pássaros das mais variadas espécies. Do Rio Colorado, ao norte, à Estancia Monte Dinero, próxima ao Cabo Virgenes, no extremo sul, são mais de 1700 km de estradas inóspitas, mas de violenta beleza, ora sob forte chuva e ventos, ora aproveitando um céu de tons inimagináveis de azul.



Puerto Madryn é um dos melhoes centros logísticos da área, perfeito para poder explorar a fantástica Península Valdés. Daqui pode-se pegar um caiaque e passear bem próximo os curioso elefantes-marinhos. Outro destino recomendável é o Parque Nacional Monte León, com suas extraordinárias falésias. 
Cavalgada na Laguna Sofia, na Patagônia Chilena
COMO CHEGAR e CIRCULAR 
Há vários bons aeroportos na região, com voos partindo de Buenos Aires, tanto do Aeroparque, no centro da cidade, como do terminal internacional de Ezeiza. Viedma, Bariloche, El Calafate, Puerto Madryn e Río Gallegos são algumas das melhores opções, tanto pela proximidade com as principais atrações como pela boa oferta de voos da Aerolineas Argentinas (www.aerolineas.com.ar). 
Lagos em Bariloche, Argentina
Para os mais aventureiros, viajar de carro (de preferência com tração 4x4) requer um pouco de experiência, bons mapas e navegadores e planejamento (há pouquíssimos postos de serviço e abastecimento). Não é nada impossível, mas cuidados são necessários para não se dar mal. Motocicilistas podem sofrer um pouco com o poderoso vento local, que pode derrubar até os pilotos mais experientes, com o clima inclemente e a pavimentação por vezes precária.



A principal artéria rodoviária é a Ruta Nacional 40, que segue toda vida de Río Gallegos até Mendoza (e muito além, chegando até a Bolívia). Percorrê-la de ponta a ponta é uma aventura para toda uma vida. 
Para viajar de cidade para cidade, as únicas opções são ônibus de linha ou vans compartilhadas. 
Eolo Patagônia relais e chateaux no Valle de la Anita, perto de El Calafate, na Patagônia argentina
O QUE LEVAR 
A Patagônia é uma região onde todos os tipos de clima podem acontecer no mesmo dia. A temperatura pode cair (ou subir) vinte graus, o tempo ensolarado de repente fecha, trazendo fortes ventos e até mesmo neve (até no verão). A dica, portanto, é preparar-se levando artigos básicos: protetor solar, boné, capa de chuva, boas botas ou calçado para caminhada, óculos de sol e agasalhos.



Aproveite para fazer refeições calóricas e hidratar-se bem. Não abuse quando estiver em regiões de alta montanha (a adaptação é essencial). 
As tendas do Eco Camp são preparadas para resistir às fortes rajadas de vento, chuva e neve da região. Seu bem cuidado interior inclui pisos de madeira, fogão a lenha e confortáveis camas
ONDE FICAR 
Cidades como Bariloche, Puerto Madryn e El Calafate possuem boa infraestrutura hoteleira e vários serviços, incluindo agências de viagem e boa conexão de internet. Assim, são as opções óbvias na escolha de uma base para fazer excursões.


Torres del Paine está dentro de um parque nacional, os serviços são limitados, mas as opções de hospedagem são muito boas. Já El Chaltén é um destino mais rústico, próprio para montanhistas, com lodges simples, mas confortáveis. 
Centro Cívico, marco zero informal da cidade
ONDE COMER 
Comer bem faz parte do roteiro patagônico ideal. Isso significa saborear um bom asado de cordeiro, empaturrar-se com empanadas quentinhas, trutas frescas e provar parrillas mastodônticas. Para quem quiser experimentar algo um tanto diferente, vale provar o curanto (carnes variadas preparadas na terra, sobre pedras quentes). Para quem quiser algo menos típico, há também boa oferta de casas que oferecem pizzas, sanduíches, bufês variados e comida italiana.
Cerro Catedral, Bariloche
Outro destaque na região são boas cartas de vinho, com rótulos chilenos e argentinos que não chegam aos mercados do exterior. Bares e cervejarias são uma boa pedida para uma confraternização ou para relaxar depois de um dia inteiro de caminhadas, assim como confortáveis e charmosos cafés que servem um chocolate quente (fumengante!) sem paralelo neste planeta.



Os guanacos são camelídeos onipresentes na paisagem patagônica. Parentes das alpacas e lhamas, eles podem ser vistos em grandes manadas em regiões áridas e montanhosas da Bolívia, Peru, Argentina e Chile
INFORMAÇÕES AO VIAJANTE 
Línguas: Espanhol 
Moeda: Peso argentino 
Como ligar para o Brasil: 0800-9995500 
Visto: Não é necessário. 
Saúde: Para entrar na Argentina, nenhuma vacina é obrigatória. 
Embaixada oficial no Brasil: 
SHIS, QL 2, conjunto 1, casa 19, Brasília (DF) 
http://www.brasil.embajada-argentina.gov.ar 
Melhor época para visitar: O verão é a melhor época para a prática de trekking. No inverno, as atividades são a observação de baleias-francas e o esqui.
Foto de visita à Ilha Magdalena, morada dos Penguins de Magalhães, uma das paradas do cruzeiro com rota de Ushuaia a Punta Arenas, em território chileno, realizado pela Cruceros Australis. A viagem passa pelo Cabo Horn, ponto de encontro entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

OPÇÕES DE PASSEIOS
Para ver mais atrações, passeios, city tours, hotéis e dicas gastronômicas, conheça o que tem de bom cada cidade da região: 
Cerro Catedral, Bariloche, Argentina

- BARILOCHE, ARGENTINA
Na década de 1980, quando a classe média brasileira despertou para o fato de haver neve na América do Sul, todos os olhos se voltaram para San Carlos de Bariloche. E essa paixão continua firme! Tanto que muitos turistas brasileiros a chamam de 'Brasiloche', tamanha é a procura pelo destino durante o inverno no Hemisfério Sul.
No inverno, Bariloche torna-se um paraíso para quem esquia ou pratica snowboarding: a neve pode acumular-se até os dois metros de altura
Situada aos pés da Cordilheira dos Andes, Bariloche (cujo nome oficial de San Carlos de Bariloche) fica dentro do Parque Nacional de Nahuel Huapi, na Argentina, e tem paisagens encantadoras, principalmente no inverno, quando neva muito
Bariloche está localizada nos Andes Patagônicos, a 1.500 quilômetros de Buenos Aires. O destino é altamente procurado por praticantes de esportes de inverno, como o esqui
Essa cidade nos Andes Patagônicos está a 1.500 quilômetros de Buenos Aires, sendo um dos destinos preferidos tanto entre os praticantes de esqui como entre aqueles que se satisfazem em usar o teleférico, só para ver de perto os campos nevados.
Além do esqui, turistas procuram Bariloche no inverno na esperança de ver de perto os belos campos nevados que marcam a paisagem da cidade durante a temporada
O Cerro Catedral é uma das grandes atrações de Bariloche, com estrutura para esportes de inverno, trilhas e quiosques de alimentação. As paisagens também ficam atraentes durante o outono



Turistas brasileiros apelidaram a cidade como 'Brasiloche', tamanha é a procura pelo destino durante o inverno no Hemisfério Sul
Mas engana-se quem pensa que Bariloche é somente um destino de inverno: há opções de passeios em todas as épocas do ano, com paisagens que assumem outros tons e atividades variadas ao ar livre, como rafting no Rio Manso, caminhadas no Parque Nahuel Huapi e até kitesurfing no lago de mesmo nome.
Bariloche possui inúmeras lagunas e bosques, protegidos pelo Parque Nacional Nahuel Huapi
Vista dos lagos da região de Bariloche, uma das cidades mais procuradas pelos turistas brasileiros durante a alta temporada de inverno
No verão, quando a temperatura chega perto dos 30 graus, é possível percorrer em um rafting os rios de água transparente de Bariloche
Se tudo isso não bastasse, a hotelaria local é bem estruturada, seus restaurantes servem desde fondue de queijo a trutas pescadas na região. E, do alto do Cerro Campanario, você poderá experimentar um dos melhores chocolates quentes de sua vida.
Uma das histórias acerca de Bariloche diz que Walt Disney elaborou a cenografia para a animação Bambi ao visitar o Bosque de Arrayanes
Bariloche é um dos pouquíssimos lugares onde o arrrayán, normalmente um arbusto, toma a forma de uma árvore
O Cerro Catedral de Bariloche é ideal para todos os públicos, tanto esquiadores como turistas que procuram outras atividades ao ar livre
CURIOSIDADE
Acredita-se que foi nos bosques de arrayanes, um tipo de planta local em torno da cidade, que Walt Disney teria se inspirado para criar o personagem Bambi. 
Muito além do inverno: as belas paisagens de Bariloche podem - e devem - ser vistas em qualquer época do ano
Nas noites mais geladas, é possível tomar um chocolate com conhaque à beira da lareira. O melhor de tudo, porém, são diárias muito mais atraentes que durante a temporada de esqui


Para chegar até o topo de Cerro Otto, a 1.405 metros sobre o nível do mar, pegue carona no teleférico. A viagem dura doze minutos e transporta até quatro passageiros
COMO CHEGAR
Na alta temporada de esqui, algumas agências organizam voos diretos partindo de algumas capitais brasileiras, como São Paulo. Se optar por voos regulares, TAM, LAN e Aerolineas Argentinas são as alternativas. A maioria vai requerer uma escala em Buenos Aires, no Aeroparque Jorge Newberry. Neste caso, a duração total da viagem gira em torno de seis horas.
As trutas dos lagos gelados são pratos tradicionais dos restaurantes, localizados principalmente no centro de Bariloche
Os teleféricos levam os turistas até as pistas para praticar esportes como o esqui tradicional, snowboard e até snowtubing - uma descida da montanha em botes infláveis. Se quiser lembrar a infância, opte pelo esquibunda (minitrenós que lembram carros de rolimã sem rodinhas)
O Cerro Catedral de Bariloche é ideal para todos os públicos, tanto esquiadores como turistas que procuram outras atividades ao ar livre
ATRAÇÕES
O complexo de pistas de Cerro Catedral possui 120 km de percursos, espalhados por 1200 hectares, além de um desnível vertical de mais de mil metros. Há boa oferta de pistas para todo tipo de esquiador, sendo mais da metade delas dedicadas a iniciantes.


A estrutura também oferece escola de esqui, trilhas para caminhadas na neve, teleféricos e aproximadamente 20 quiosques de alimentação
A base da estação é a mais completa da Argentina, com lojas, cafés e restaurantes. Os hotéis na região totalizam cinco mil quartos
O passeio dos Sete Lagos é uma estrada de 80 quilômetros entre Villa La Angostura e San Martín de Los Andes, nos arredores de Bariloche
De Cerro Otto, é possível ver as montanhas cobertas de gelo da Cordilheira dos Andes contrastando com os bosques de coníferas
Fora da temporada de inverno, a travessia dos lagos andinos, desde o Chile, é um passeio encantador em qualquer época do ano. Outra boa opção é explorar o lago Nahuel Huapi com catamarãs, caiaques e barcos.
No cume do Cerro Otto, há um mirante e um restaurante giratório de 360 graus, que permitem uma vista panorâmica de Bariloche
Engana-se quem pensa que Bariloche é somente um destino de inverno: há opções de passeios em todas as épocas do ano, com paisagens que assumem outros tons e as atividades ao ar livre mudam

Com área de 710 mil hectares, o Parque Nahuel Huapi tem lagos, rios e montanhas. O local oferece esqui, pesca de trutas nos lagos, trekking e escalada
GASTRONOMIA
Sim, aqui você não escapa da parrillada, da empanada, do vinho malbec e dos doces de leite. Todavia, se quiser algo mais com a cara de Bariloche, e também da Patagônia, há pequenas casas que servem trutas assadas, carne de cordeiro e até pratos típicos alemães - um importante grupo de colonizadores da região. Não perca o curanto, um tipo especial de carne assada dentro da terra.
O rio Manso é muito procurado para a prática de rafting, uma das atividades mais bacanas para os turistas que visitam Bariloche
O Hotel Llao Llao de Bariloche é um dos mais procurados por turistas na cidade. Sua localização permite ter um belo vislumbre das montanhas que cercam a região
A Isla Victoria, uma das boas atrações de Bariloche, é toda ocupada por uma alameda de sequoias, que podem ser apreciadas através de uma curta trilha de 600 metros
Melhor época para visitar
A cidade pode ser visitada durante o ano inteiro – e não apenas no inverno. Fora da estação, Bariloche é um verdadeiro parque de diversões ao ar livre. Quando o branco da neve se vai, a paisagem se enche de verdes e flores.
Pier na Isla Victoria, no lago Nahuel Huapi. Por aqui, é possível ver diversas espécies de plantas, arbustos, ciprestes e sequóias
O Cerro Catedral é a principal estação de esqui de Bariloche e uma das mais modernas estações da América do Sul, contando com mais de cinquenta pistas. Na foto, o cenário durante o Réveillon
EL CALAFATE, ARGENTINA
El Calafate, esta simpática vila às margens do Lago Argentino, uma espécie de Campos de Jordão da Patagônia, recebe os visitantes com excelentes hotéis, boa gastronomia e muitas lojinhas para compras de artesanato e roupas de inverno. Localizada na província de Santa Cruz, berço político de Néstor Kirchner, que governou a Argentina de 2003 a 2007, conta com excelente estrutura e vem se popularizando cada vez mais entre argentinos e forasteiros.



Cara e lotada durante os meses de verão, a cidade serve como ponto de partida para visitar o principal símbolo natural da região, o glaciar Perito Moreno, declarado pela Unesco Patrimônio Natural da Humanidade. El Calafate, cujo nome vem do bravo arbusto que sobrevive nessas paragens, também é base para explorar outros destinos na região, como Torres del Paine, no Chile, e El Chaltén, cujos montes Fitzroy e Torre atraem alpinistas de todo o mundo.
Geleira Perito Moreno, em Calafate, Patagônia
As simpáticas raposas cinzas, chamadas de zorros, habitam a região patagônica. Por causa do seu pelo, a caça predatória diminuiu o número desses animais
COMO CHEGAR
Para chegar à região a partir do Brasil, é preciso voar para Buenos Aires – ou Santiago, no Chile. A Aerolíneas Argentinas (www.aerolineas.com.ar) é a empresa com mais voos para El Calafate partindo de Buenos Aires, Trelew, Bariloche e Ushuaia. Para viagens de carro, a via principal é a Ruta 40, que a liga a cidades como El Chaltén.
Para chegar até os pés de Cerro Torre é preciso cruzar o rio com tirolesa, caminhar sobre o gelo e praticar escalada
A Cueva de las Manos é a maior gruta da região. Com paredes repletas de inscrições rupestres de 13 mil anos atrás, o local foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco
COMO CIRCULAR
O Aeropuerto Internacional Calafate está a 23 quilômetros da cidade e um táxi custa em torno de US$ 7. Por ser compacta, El Calafate pode ser explorada a pé, apesar de alguns hotéis e das atrações estarem afastados do Centro. A cidade conta com várias locadoras de carros, os ônibus são frequentes e há agências que organizam os passeios.
Com 250 quilômetros quadrados e altura de 60 metros, Perito Moreno é a geleira mais famosa da Patagônia e considerada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco
ONDE FICAR
El Calafate possui diversos hotéis e pousadas, com os mais diversos níveis de conforto. Há lodges que imitam o estilo de antigas estâncias do século 19, luxuosos e espaços resorts com vista para o Lago Argentino, completos, com spa e restaurante, e simpátivas pousadinhas familiares um pouco mais afastadas do centro, mas com todos os confortos necessários: banheira, aquecimento, TV e grandes camas.
Como as nuvens ficam permanentemente no cume do Monte Fitz Roy, os índios tehuelches o chamavam de Chaltén, que em sua língua significa montanha fumadora
ONDE COMER
Opções de restaurantes é o que não faltam na cidade. A maioria das casas estão concentradas na Avenida Libertador San Martín e arredores. O prato de resistência, onipresente em boa parte dos estabelecimentos, é o cordeiro assado em fogo de chão, uma iguaria local. Peça como entrada algumas empanadas, complemente tudo com um vinho argentino e arremate a refeição com qualquer coisa com doce de leite.



Você irá ao céu. Há muitos restaurantes com especialidades italianas, com pizzas e massas, ótimas para aqueles que precisam de bastante energia para aguentar o tranco das caminhadas e atividades ao ar livre. Cafés, bares e lanchonetes também ficam na mesma área.
Depois de caminhar na superfície da Geleira Perito Moreno, os visitantes fazem um brinde coletivo com uísque – e usando gelo do próprio glaciar
Melhor época para visitar
Nos meses de meses de junho e julho, em pleno inverno, o frio é intenso, com ventos fortes e dias mais curtos. De outubro a maio, as temperaturas são mais amenas e perfeitas para caminhadas e visitas aos parques da região.
Na passarela de madeira, os visitantes veem os blocos que se desprendem da Geleira Perito Moreno e caem no lago, produzindo sons ensurdecedores
LAGOS ANDINOS, ARGENTINA E CHILE 
A agitada Puerto Montt é a capital de um dos destinos mais belos do Chile, a Região dos Lagos, destino que agrada ao mais variado público. Considerada a porta de entrada para o sul gelado daquele país, essa região de quase 49 mil quilômetros quadrados, entre o Pacífico e os Andes, recepciona os viajantes com paisagens selvagens que impressionam pela beleza.



Parques nacionais com milhares de árvores de alerce, lagos alimentados por geleiras milenares e vulcões com picos nevados formam uma paisagem exuberante, que se completa com a prática de esportes radicais em rios caudalosos. E tudo isso sem precisar se deslocar muito, pois os atrativos naturais mais visitados da região estão bem próximos a cidades que merecem uma visita mais demorada como Puerto Varas e Frutillar.
O rio Petrohué possui belas cores cor de esmeralda e é uma das principais atrações nas proximidades de Puerto Montt
Cerro Bufalo, no Parque Nacional Alerce Andino
Trilhas de bike são muito populares na região dos lagos andinos. Esta, entre Peulla e Puerto Blest, oferece vistas magníficas das montanhas e florestas que a cercam
Loja de presuntos curados em Capitán Pastene, em Araucanía
O Lago Llanquihue e o vulcão Cabulco são um ótimo aperitivo para iniciar uma exploração da área, com alguns hotéis muito charmosos, com fina decoração, ótima cozinha (e bem fornidas adegas de vinho) e vistas enternecedoras.
Lago Llanquihue e vulcão Osorno ao fundo na cidade de Puerto Varas, Chile
O Vulcão Osorno, com seu pico constantemente coberto de neve, pode ser visto de vários pontos da Região dos Lagos. O gigante de 2.661 metros abriga uma estação de esqui com 12 pistas
Vulcão Osorno na cidade de Puerto Varas, na Patagônia Chilena, Chile
Aqui famílias com crianças pequenas se divertirão com curtas caminhadas pelos lagos, praticando esportes náuticos e passeios a cavalo. Para os mais aventureiros, a região apresenta centenas de quilômetros de trilhas para caminhadas, paredes para os praticantes de montanhismo, corredeiras para rafting e paisagens exuberantes para quem curte uma bicicleta. Já para os que querem muito sossego, imagine-se acomodado em na confortável poltrona de seu hotel, decorado com muito couro e madeira, do chão ao teto, com amplos janelões mirando os lagos e os vulcões. Na mão, uma taça do melhor vinho chileno. Não precisa de muito mais para considerar isso as férias dos sonhos.



Seja no ensurdecedor silêncio durante a travessia entre Puerto Frias e Puerto Alegre, no violento movimento das águas nos saltos do rio Petrohué ou no majestoso perfil do vulcão Osorno (foto), a longa e extenuante travessia dos Lagos Andinos é uma experiência única. Aqui você encontrará um festival de paisagens de tirar o fôlego, com montanhas nevadas, lagos de cor esmeralda e vida selvagem. Tudo com uma estrutura muito bem montada e uma administração de parques séria e azeitada. 



Antes ou depois do passeio, aproveite as atividades de veraneio em Pucón e Villarrica e o charme dos hotéis e restaurantes de Puerto Varas e Puerto Montt. Não deixe de provar também os ótimos pescados locais e alguns dos melhores vinhos do Chile.
Aspecto parcial da pequena Frutillar, às margens do Lago Llanquihue
Saltos do rio Petrohué, próximos a Peulla, uma das paradas da travessia dos lagos andinos
TRAVESSIA DOS LAGOS ANDINOS
O distrito dos Lagos Andinos fica na fronteira com a Argentina e a a travessia até Bariloche é uma das rotas clássicas do turismo sul-americano. A partir do Chile o viajante passará por sete etapas (quatro terrestres e três lacustres), em um sobe e desce de ônibus e embarcações, e pode ser concluída em um ou dois dias. A rota clássica começa em Petrohué e suas belas quedas d'água de tons esmeralda, seguida pela primeira perna em barco, no Lagos de Todos los Santos, tendo o vulcão Osorno como testemunha.


Depois de cerca de duas horas de navegação, faz-se uma parada em Peulla para almoço para depois prosseguir o passeio pelo Lago Frías, entre os píeres de Puerto Frias e Puerto Alegre. De lá, o passeio segue pela rota 255 do passo Vicente Pérez Rosales até Puerto Blest, já em território argentino, de onde toma-se o catamarã que cruzará o Lago Nahuel Huapi, até San Carlos de Bariloche.
Lago Todos los Santos, na região dos Lagos Andinos
Lago Todos los Santos
Spa em hotel de Puerto Varas
O destaque da travessia do lado chileno são mesmo os saltos do rio Petrohué, o Lago de Todos los Santos e o simétrico Osorno, todos garantindo excelentes fotos, mas caso queira fazer uma viagem mais calma, aproveitando o melhor de cada país, faça a rota em duas partes, parando uma noite em Peulla. Muitas companhias fazem a excursão, com todos os traslados e até algumas refeições.
Saltos do rio Petrohué
O Parque Nacional Hurquehue é uma das opções de passeios nas imediações de Pucón e Villarrica
Fazenda em Lago Lanalhue, ao norte da região dos Lagos
COMO CHEGAR
De avião, pela LAN (www.lan.com), o voo desde Santiago até Puerto Montt leva 1h45. De carro, pela Ruta 5, são 1.100 quilômetros a partir da capital. De barco, desde Bariloche, através de transporte multi-modal operado por diversas companhias e agências.
Puerto Saavedra é um bom local para prática de esportes ao ar livre e observação de animais, a oeste de Temuco
Vista parcial do Parque Nacional Vicente Perez Rosales, na região dos lagos andinos, dominado pelo vulcão Osorno



Rafting no rio Trancura, na região de Pucón
COMO CIRCULAR
Se não estiver em uma excursão organizada, vale a pena ter seu próprio transporte. Para os destemidos, uma bicicleta cai bem. Para longas distâncias e mais conforto, alugue um carro.
Melhor época para visitar
A alta temporada é o verão, e dezembro a março. Em abril chove bastante.
Puerto Varas é uma das muitas cidadezinhas que podem servir de base em sua visita aos Lagos Andinos
Vista aérea do Cerro Tronador, na fronteira do Chile com a Argentina, e o vulcão Osorno
Trilha no Parque Nacional Vicente Perez Rosales, na região dos lagos andinos
TORRES DEL PAINE, CHILE  
A impressionante combinação de natureza selvagem e um aspecto humano curtido a vento, gelo e chuvas faz da Patagônia chilena um dos destinos turísticos mais fascinantes da América do Sul. Cerca de 110 quilômetros ao norte de Puerto Natales localiza-se o que é provavelmente o mais belo parque chileno, Torres del Paine. Tudo gira em torno de uma imensa massa de montanhas que pode ser informalmente dividida em duas partes. De um lado, 'Los Cuernos' e seu incrível balé de formas e superfícies estratificadas.



A nordeste, as famosas torres de granito que fazem a felicidade de escaladores de todo o mundo. Toda a cordilheira foi formada ao longo das últimas eras glaciais, esculpindo uma cadeia de picos independente dos Andes. Em seu entorno encontram-se geleiras dramáticas, como a Grey, e lagos de degelo com águas em matizes de azul, verde e cinza. 
No rude ambiente patagônico, onde ventos violentos e o gelo moldaram uma natureza quase que inóspita, florecem as magníficas Torres del Paine. As diversas trilhas de trekking ao seu redor fazem a alegria de montanhistas de todo o mundo
Casal desbrava Torres del Paine de bicicleta
As tendas do Eco Camp são preparadas para resistir às fortes rajadas de vento, chuva e neve da região. Seu bem cuidado interior inclui pisos de madeira, fogão a lenha e confortáveis camas
Seu aspecto leitoso vem da volumosa carga de minerais que vem sendo arrancada das encostas pelas gigantescas línguas de gelo a dezenas de milhares de anos. Lagos como Sarmiento, del Toro, Pehoé, Nordenskjod e Grey são frequentemente fustigados por violentas rajadas de vento, formando indescritíveis danças de spray d'água.



O barulho das cascatas, como o Salto Grande, formam uma combinação perfeita com o onipresente zumbido do ar. Entremeando essas formações também estão vales, pradarias de vegetação baixa, repleta de plantas como o valente ñire, e florestas andinas, por onde passeiam bandos de guanacos, pica-paus, raposas, ñandus - um tipo de ema, condores, veados e pumas, os mais difíceis de se avistar.


A geleira Grey, de cerca de 30 quilômetros de comprimento, é parte do campo de gelo patagônico sul, uma das maiores concentrações glaciais fora dos pólos terrestres. Vista do céu, a formação parece um enorme urso branco avançando sobre uma massa de água. No entanto, a geleira está em franco processo de retrocesso, desprendendo gigantescos blocos azulados sobre as águas do Lago Grey.
Dois dos trekking mais clássicos em Torres del Paine são o "W", entre os vales e montanhas, e o "O", que circunda todo o maciço. Apesar do clima inclemente e imprevisível da região, quando os dias abrem em céu azul as paisagens reafirmam o título não oficial de parque mais belo do Chile
O Maciço Paine é uma impressionante aula de geologia, com seus diferentes estratos rochosos. Seu topo é formado por uma grande camada sedimentar (já inexistente na torres), enquanto que a parte intermediária é de granito. Vento, gelo e terremotos contribuíram cada qual na forma singular das montanhas, repleta de picos e vales
Para curtir o parque, opções não faltam. Aqueles que vêm de El Calafate ou têm poucas horas para curtir tudo devem focar em rápidas caminhadas até o pé das torres de granito (1h30 a 2h30, em média) ou embarcar numa excursão que passará por pontos como a fotogênica vista do maciço a partir do lago Pehoé e a geleira Grey (bela, mas não tão impressionante como sua irmã argentina Perito Moreno). Aos mais aventureiros, porém, vale tentar o desafiante Circuito "W", que faz um caminho de quatro dias entre os vales das Torres, e o ainda mais longo "O", que dá a volta em torno da montanha e chega a cerca de 1350 metros de altitude, uma trilha que toma entre 7 e 10 dias para ser completada.



Para evitar possíveis transtornos, esteja preparado para vários tipos de clima. O ideal é calçar boas botas de caminhada ou tênis amaciados e levar parkas corta-vento e a prova de chuva. 
Curiosidade: 
Apesar de sua majestade, Torres del Paine não está localizada em alta altitude, portanto as caminhadas demandam mais das pernas do que dos pulmões.
Antes frequentado apenas por alpinistas, o Parque Nacional Torres del Paine, no Chile, já recebe mais de 100 mil visitantes por ano
O zorro (Lycalopex griseus) é uma espécie de raposa cinza que habita diversos habitats entre a Argentina e o Chile
O ponto culminante da cordilheira Paine é o pico Paine Grande. Apesar de muitas fontes listarem-na com mais de 3000 metros de altitude, pesquisas mais recentes apontam para números entre 2700 e 2850 metros. Apesar de ser uma das montanhas mais emblemáticas do país, os dados continuam inconclusivos
COMO CHEGAR 
Puerto Natales é a porta de entrada do parque. São 90 quilômetros pela Ruta 9, para nordeste, e há ônibus saindo entre 7h e 8h da manhã e entre 13h e 15h. A viagem dura cerca de 3h. Um outro jeito de chegar à região é através de botes de borracha do tipo zodiac subindo o rio Serrano. Neste caso, não se esqueça de trazer na mala gorro, luvas e roupas quentes. 
As torres de granito Monzino, Central e Di Agostini elevam-se a mais de 2000 metros de altitude formando um dos mais desafiadores cenários para montanhistas de todo o mundo. A caminhada até sua base é um dos programas mais populares do parque
O Eco Camp possui opções de barracas standard, com banheiros compartilhados, e suítes, com banheiro privativo e fogão a lenha. Eles vêm até com um sistema de compostagem de resíduos
ONDE FICAR 
Há dois tipos de turistas em Torres del Paine: os mochileiros aventureiros e os amantes da natureza e do conforto. O primeiro grupo costuma acampar em lugares definidos pelos guardas florestais. Quando não fazem isso, acabaram incendiando o parque, como foi o caso das tragédias ambientais de 2005 e 2011. Nas áreas para camping há abastecimento de água, sanitários rudimentares e certo apoio das autoridades.



Já para os que não abrem mão de camas quentinhas, boa mesa e sofrimento controlado, a alternativa são ótimos hotéis e estâncias ao redor da área protegida. Duas excelentes opções junto às montanhas são o sofisticado Explora e o camping-chique Ecocamp. Quase todas os estabelecimentos funcionam no sistema all-inclusive, que conta não só com a hospedagem, mas todas as refeições, traslados, passeios e guias muito experimentados com a fauna, flora e geologia locais. 
Cascata no rio Paine, com as torres de granito ao fundo
No pedacinho chileno da Patagônia fica um dos mais espetaculares conjuntos de montanhas do mundo
Cavalgada na região das Torres del Paine
Melhor época para visitar: 
De Outubro a Março, época mais seca do ano, e quando as temperaturas estão mais razoáveis. Tenha em mente, porém, que toda a região possui um clima totalmente imprevisível, com rajadas de vento com velocidades superiores a 100 km/h, muito sol e neve, tudo podendo acontecer no mesmo dia.
Os "cuernos" de Torres del Paine
Geleira no Lago Grey
- USHUAIA, ARGENTINA 
Seja ou não a cidade mais meridional do planeta, Ushuaia, localizada junto ao Canal de Beagle, é um das cidades mais frias da Argentina – as temperaturas médias de verão não chegam aos 10ºC. As montanhas que a cercam e a pequena baía protegem seu porto, que há séculos recebe aventureiros com destino à Antártica. 
As flores de lupino foram trazidas pelos colonizadores e se adaptaram bem à região patagônica. Resistentes e coloridas, a floração ocorre na primavera e verão
O Farol do Fim do Mundo, na baía do Canal de Beagle, guia os navegantes rumo à Ushuaia. O canal recebeu o nome do navio em que o naturalista inglês Charles Darwin navegou pela região em 1832
O hotel cinco estrelas Albatros fica de frente para o Canal de Beagle. Conta com spa e um dos restaurantes mais bonitos da cidade, o Gustino
A província da qual é capital é conhecida como Tierra del Fuego, alcunha que vem da época em que navios estrangeiros passavam pela ilha principal e avistavam as fumaças das fogueiras de povos nômades. Essa região é dona de uma geografia selvagem que fascina os que vêm de terras distantes – colônias de pinguins e grandes mamíferos marinhos, além de geleiras, estreitos e árvores retorcidas que moldam uma paisagem fabulosa. 
O restaurante e bar Kuar combina decoração aconchegante, de pedra e madeira. No cardápio, peixes como truta, salmão e abadejo



O Museu Acatushún, localizado na Estância Harberton, reúne uma coleção de esqueletos de mais de 2.700 mamíferos marinhos, como baleias e golfinhos, e 2.300 aves
Ushuaia é a cidade mais austral do mundo, também chamada de “Fim do Mundo”. O pequeno centro urbano, com casinhas coloridas, é banhado pelo Canal de Beagle
COMO CHEGAR 
A Lan (www.lan.com) e a Aerolíneas Argentinas (www.aerolineas.com.ar) voam de Buenos Aires por tarifas a partir de US$ 185. O aeroporto fica a 15 minutos de táxi do Centro de Ushuaia. 
O trem turístico do Fim do Mundo atravessa vales e montanhas do Parque Nacional Terra do Fogo
Durante o passeio pelo Canal de Beagle, o barco passa pela Isla de Los Lobos, onde leões marinhos se esparramam pelas pedras
COMO CIRCULAR 
Na cidade, dá para se virar a pé. As atrações estão espalhadas, mas é fácil chegar a elas por meio de táxi, ônibus, transfer ou com as agências que organizam passeios. Há locadoras de veículo para quem prefere seguir por conta própria. 
A Isla Martillo é o hábitat de mais de seis mil pinguins de Magalhães entre outubro e abril. No passeio de catamarã ou em caminhadas, é possível ver os animais de perto
Bahia Encerrada
Melhor época para visitar: 
O turismo em Ushuaia deixou de se concentrar apenas na primavera e no verão, quando cerca de 400 navios passam pela cidade em direção à Antártica, e está se expandindo para o outono e inverno.

- VILLA LA ANGOSTURA, ARGENTINA
Destino de ricos e chiques argentinos, Villa La Angostura é a versão relax da vizinha Bariloche. Localizada às margens do lago Nahuel Huapi, aqui você encontrará hotéis e restaurantes frequentados pela elite, um porto seguro de calmaria, belas paisagens e muitas atividades ao ar livre. Aqui você fica pertinho de alguns belos parques naturais, estações de esqui, os famosos Siete Lagos e está a meio caminho de San Martín de Los Andes.


Uma das principais atrações na região é o centro de esqui do Cerro Bayo, que fica a apenas dez quilômetros do centro e, apesar de pequeno, é muito bem equipado. Muita gente também até aqui para conhecer o Parque Nacional Los Arrayanes, um belo e delicado bosque de árvores de casca alaranjada na Península Quetrihué. 
A bici e a vida passam pelas poucas quadras do Centro de Villa La Angostura, seus cafés e suas chocolaterias artesanais

Bariloche é um dos pouquíssimos lugares onde o arrrayán, normalmente um arbusto, toma a forma de uma árvore
Cerro Bayo
Outros dois passeios bem disputados são a trilha de 3 quilômetros até o topo do Cerro Belvedere (2 mil metros de altura, o trekking começa a 4 km do Centro) e a rodovia de 110 quilômetros até San Martín que passa pelos parques Lanín e Nahuel Huapi, a Ruta de Los Siete Lagos. 
Correntoso Lake e River Hotel
Hotel Correntoso
COMO CHEGAR 
O aeroporto mais conveniente para os brasileiros na região é o de Bariloche, a 80 km. TAM e LAN são duas das companhias que oferecem voos desde o Brasil. Em Bariloche, é necessário pegar uma van até o terminal de ônibus. De lá, a Via Bariloche (54-294/449-4721, www.viabariloche.com.ar) faz a viagem até Villa Angostura diariamente em diversos horários. 
Lago Nahuel Huapi
Puerto Manzano
ONDE FICAR 
Há várias opções de hospedagem na cidade, algumas bem bacanas e caras. Especialmente interessantes é o Correntoso Lake & River Hotel, com sua bela vista do lago e spa, o hotel-butique Las Balsas, a Hostería La Escondida, em Puerto Manzano, boa para famílias, e as cabanas do Lago Escondido. 
A ruta 231, que liga Villa La Angostura a Bariloche



Suite Junior
ONDE COMER 
Truta na manteiga, fondue, risotos fumegantes, chás da tarde enternecedores, muito vinho bom e cortes de carne precisos. Ninguém passa fome em Villa La Angostura. Boa parte dos endereços da cidade duplicam a boa fama da mesa patagônica. Alguns endereços são especialmente apelativos pela atmosfera romântica, caso do Las Balsas e o charmoso La Delfina. Para quem curte doces, cafés como o Antibes, Casita de la Oma e Alma Mora são uma tentação. Já o competente Tinto Bistró ainda tem um 
Paisagem nas proximidades de Villa la Angostura
A região nas cercanias de Villa la Angostura possui belas paisagens
Melhor época para visitar: 
Há boas atividades ao longo do ano. No inverno a atração é o esqui, enquanto que nos outros meses é possível praticar cavalgadas, canoagem, trekking e outros esportes ao ar-livre
PATAGÔNIA AUSTRAL
O fundo de um distante fiorde no sul do Chile foi o lugar escolhido por um norueguês chamado Samsing para, em 1925, criar ovelhas no que era um vale coberto de vegetação. Um ano depois, porém, ele foi literalmente expulso de casa - por uma geleira.
Ali onde ficava sua fazenda hoje existe um lago glacial com icebergs. A geleira, conhecida como Pío XI, estacionou durante um período, mas depois voltou a se deslocar. Agora está desenraizando toda uma floresta, empurrando-a lentamente para o lado.



Um desses lugares é o litoral do Chile, rendilhado por geleiras. Ali a força da Terra parece quase palpável. As placas tectônicas estão se estendendo e mergulhando sob essa borda do continente, soerguendo os Andes e criando uma zona de forte instabilidade geológica.
Nesse terreno extremo, a história fundamental de nosso tempo está sendo recontada outra vez. Por mais isolada que seja a Patagônia chilena, ela também está à beira de uma transformação. Em terra, as raras moradias rurais passam a impressão de que saíram do século 19. 
Mas já existem projetos para a construção de barragens nos torrenciais rios ao norte do Bernardo O'Higgins.


E, junto à orla marítima, há o constante avanço para o sul das fazendas de criação de salmão, uma fonte de oportunidades econômicas, mas também uma ameaça ambiental.
Para onde quer que você olhe, há gelo. E também montanhas colossais, glaciares, bosques, lagos cheios de flamingos e a chance de ver de perto animais como pinguins, focas e baleias. 
Do lado chileno, o Parque Nacional Torres del Paine e suas trilhas espetaculares são o destaque. Do lado argentino, onde estão cidades como Ushuaia e El Calafate, o forte são os passeios de barco para ver bichos e o estrondo das geleiras se despedaçando.



fonte dos textos e fotos: jornalbahianorte.com.br / Thymonthy Becker / viajeaqui.abril.com.br / Divulgação /





CONHEÇA O MUNDO OLHANDO DA JANELA DO TREM



Nenhum comentário:

Postar um comentário

VALEU POR VIAJAR COM A GENTE

Encontre aqui seu lugar incrível